Questionar-nos
sobre o que seria adorar a Deus de verdade poderia ser um bom meio de nos
conhecermos mais e conhecermos mais a Deus. Como poderíamos provar algo sobrenatural
da parte de Deus que tivesse efeito direto no nosso cotidiano, e
principalmente, sem fugir da racionalidade e sem sermos amparados pelos braços
da loucura do mundo gospel dos nossos dias.
Adorar em
termos conceituais se trata de prestar culto, venerar, idolatrar e muitas
outras palavras e ideias que possam traduzir este termo.
Mas o que
quero questionar aqui é mais sobre a abrangência de todo o nosso viver, dia
após dia, o conjunto de ações que mostra quem somos quando estamos com outras
pessoas e quando estamos sozinhos.
A começar por
ignorar a mídia manipuladora, que impõe quem somos ou deveríamos ser. Os
padrões de comportamentos que devemos adotar perante a sociedade
principalmente. Livrar-nos do “ter” que não deveria existir nos templos “cristãos”.
Um local onde o ser é o que realmente importa.
Mas se isso
parece realmente um assunto já batido, demasiadamente discutido, veja se você
assim como eu se encaixa na ideia. Pense que coisas pequenas e aparentemente
insignificantes são o principio, ou a brecha para este terrível estado que tantas
vezes vemos nos templos cristãos. Se você fura fila, ou cede lugar na mesma sem
consentimento de TODOS os que estão atrás de você, se você está no banco de um ônibus
e tem um senhor(a) em pé e você nem se preocupa em ceder-lhe o lugar, se você
ri da desgraça alheia, se nada faz para que alguém evolua moralmente, espiritualmente,
e também materialmente SEM QUERER NADA EM TROCA, e agora indo um pouco mais
além, quando às vezes servimos a Deus por interesses materiais, por medo do
inferno, por status e outros interesses. Não estamos sendo verdadeiros naquilo
que nos propomos a ser.
A ligação
desse tipo de comportamento à adoração que quero fazer é que NUNCA iremos
adorar a Deus de forma completa e sincera se nos bastidores da nossa vida, a
conduta estiver corrompida, e os valores deturpados. A bíblia mostra que
devemos buscar primeiro o reino de Deus e a sua justiça. E sermos justos com a
gente mesmo implica em não nos deixar levar pelas simples conveniências, pelas
facilidades do sistema religioso. Significa sim, ter um olhar fixo no
referencial de perfeição que é Cristo, vivendo de forma simples e autentica.
Não pensando que não pode pecar de nenhuma forma, ou que as dificuldades da
vida são fruto de pecado ou tentação de satanás somente. É entender que na vida,
toda dificuldade/tribulação gera algo positivo, algum crescimento para nós.
Uma adoração a
Deus que realmente O agrade passa pelo crivo da renuncia aos velhos maus
hábitos. O avivamento das nossas almas acontece quando vivemos o amor de Deus e
o praticamos com os nossos semelhantes. Quando o modus vivendi for de justiça e bondade em gratidão, porque foi isso
que nos foi dado, ai sim poderemos começar a provar uma nova vida em Cristo,
coesa com os ideais falados desenfreadamente nos púlpitos e afins.
Que Deus tenha
misericórdia de todos nós!
Efésios cap. 4