sexta-feira, 18 de novembro de 2011

“O céu não é pretexto para a desigualdade” (V.d.I)

Perguntei-me por um bom tempo a respeito do “ide” de Jesus, a respeito das pregações que diziam: “nos temos que pregar o evangelho”,”nós temos que amar uns aos outros” e coisas do gênero “nós temos”, “nós temos”, “nós temos”, e nunca compreendia bem o sentido disso porque não via (e as vezes não vejo) um crescimento qualitativo e quantitativo da igreja DE CRISTO. Não conseguia (não consigo as vezes) perceber mudanças comportamentais nos “fiéis” após tal mensagem. Deu-se inicio então a este questionamento: Por que o “ide” é tão vazio em nossas vidas? Por que tantas vezes ele não atinge a profundidade necessária para dar resultados positivos?

Já observou como as coisas do nosso cotidiano podem nos prender a atenção? Como podemos ser seduzidos, encantados, entediados, entristecidos, saturados? O mundo está num momento onde os extremos se chocam e tantas vezes não percebemos isso. Ele tem tudo em demasia em questões materiais para tentar suprir todas as necessidades que homem possa ter. Mas na contramão disso ele está extremamente carente de valores morais, de atitudes que aquietem e dêem paz aos espíritos aflitos e sobrecarregados. O mundo tenta suprir as necessidades espirituais com coisas materiais e isto somente gera a indiferença, ansiedade, desafeto, angustias e afins. Há uma tentativa falha de suprir necessidades eternas, com coisas materiais e imediatistas que satisfazem e massageiam o ego. Pena que é tudo maquiagem, que somente esconde os defeitos e alivia a desagradável sensação de um coração vazio, e uma visão opaca do mundo.

Pois bem, espero não ser um dos poucos a observarem isso, mas, nós somente viveremos esse “ide” quando começarmos a entender a ótica de Jesus. Quando começarmos a olhar os outros como nós fomos vistos por Deus: Potencialmente transformadores, salvos, livres, amados, reconciliáveis, eternos. Somente nesta ótica seremos capazes de dizer: “Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne, vivo-a na fé do Filho de Deus, o qual me amou, e se entregou a si mesmo por mim.”Gálatas 2.20. É por isso que quem ama cumpre toda a lei, quem ama das coisas do seu amado. E se o desejo de Deus é que ninguém se perca neste mundo – e Ele nos incumbiu de sermos anunciadores desta boa noticia – de que Ele deseja a todos nós para sempre na sua presença, desfrutando do amor mais puro e simples que existe, penso que Ele quer que provemos de tal prazer de ver pessoas sendo transformadas, regeneradas, e levadas para onde nunca deveriam ter saído: da presença de Deus.

Toda ação que leva consigo a materialidade somente poderá dar paz, alivio, e alegria se ela estiver carregada de valores morais elevados, e se ela estiver objetivando a transformação positiva de alguém.

Quando os nossos olhos realmente se cansarem de toda dor e indiferença que nos rodeia em todo o tempo, o tempo todo, duas coisas poderão acontecer: Você se permitirá ser como deveria ser ou tentará fugir pra outro lugar onde toda essa desgraça não seja tão intensa aos seus olhos e aos seus ouvidos.



quinta-feira, 17 de novembro de 2011